domingo, 30 de novembro de 2008

Criacionismo no Mackenzie

30-Nov-2008

FOLHA DE S. PAULO - SP

Colégio prega idéia de origem religiosa em aula de ciências

O Instituto Presbiteriano Mackenzie abrange uma universidade e uma
escola das mais tradicionais de São Paulo. Só na unidade paulistana do
colégio há mais de 1.800 alunos. Seu campus no quarteirão ladeado pela
avenida da Consolação e pela rua Maria Antônia é um ponto de
referência na cidade.

Talvez poucos se dêem conta de que se trata de um estabelecimento
confessional de ensino. Isso está bem explícito no nome da
instituição, porém. Agora o Colégio Mackenzie é também, oficialmente,
criacionista.

Criacionismo é a doutrina segundo a qual Deus criou o mundo com todas
as espécies que existem hoje. Isso contradiz a explicação darwinista
para a diversidade biológica, fruto da evolução por seleção natural.
Inúmeras observações comprovam postulados centrais do darwinismo, como
a ascendência comum (todas as espécies provêm de um ancestral único).

O fato de o DNA ser a molécula da hereditariedade em todas elas é a
melhor prova desse princípio. Os primeiros seres vivos da Terra
"inventaram" essa maneira de transmitir características de uma geração
a outra, há cerca de 4 bilhões de anos, e ela se perpetuou desde então.

A direção do Mackenzie não nega os avanços da biologia trazidos pelo
darwinismo, mas acredita que é preciso opor-lhe o contraditório. Em
outras palavras: ensinar a seus alunos que há outra explicação, de
fundo religioso, para a origem das espécies.

Quase 200 anos depois de Charles Darwin (1809-1882) e 150 após a
publicação de sua grande obra, "Origem das Espécies", os educadores do
Mackenzie aceitam só o que chamam de "microevolução" (organismos se
adaptam a novas condições do meio).

Não, porém, a "macroevolução" (tal adaptação não seria suficiente para
originar novas espécies, em verdade criadas por Deus).

A doutrina criacionista não é apresentada somente nas aulas de
religião, mas igualmente nas de ciências. Em 2008 foi usada nos três
primeiros anos do ensino fundamental 1, ainda em fase piloto, uma
série de apostilas traduzidas e adaptadas de material da Associação
Internacional de Escolas Cristãs (ACSI, na abreviação em inglês), com
sede no Colorado, nos Estados Unidos.

A coleção utilizada com crianças de 6 a 9 anos se chama Crescer em
Sabedoria. Na capa do volume do terceiro ano estava estampado
"Ciências - Projeto Inteligente".

É uma alusão ao argumento do "design inteligente": a natureza é tão
complexa e os organismos tão perfeitos que só o desígnio de um
arquiteto (Deus) pode ter sido responsável por sua criação. "Quando
Deus formou a Terra, criou primeiro o ambiente. Criou elementos não
vivos, como o ar, a água e o solo. Depois, Deus criou os seres vivos
para morarem nesse ambiente", afirma-se na pág. 10. O item 2.1 do
volume se chama "O plano de Deus para os ambientes".

Pode ser lido na pág. 17: "Deus projetou as cores e as formas de cada
animal e o colocou em um ambiente que era perfeito para eles [sic].
Quando um animal usa suas cores ou formas para se esconder em seu
ambiente, dizemos que ele está camuflado".

A direção do Mackenzie justifica a omissão da evolução por seleção
natural, nessa apostila de ciências, dizendo que se trata de conteúdo
previsto apenas para o ensino fundamental 2. Além disso, o material da
fase piloto de 2008 foi revisto e a ênfase religiosa, atenuada, mas
não excluída.

Darwin, todavia, continua de fora.

Só uma dúzia de pais reclamou.

MARCELO LEITE é autor de "Ciência - Use com Cuidado" (Editora da
Unicamp, 2008) e de "Brasil, Paisagens Naturais -Espaço, Sociedade e
Biodiversidade nos Grandes Biomas Brasileiros" (Editora Ática, 2007).
Blog: Ciência em Dia (cienciaemdia.folha.blog.uol.com.br).

PHNunzio: É por isso que eu insisto, NUNCA COLOQUE SEUS FILHOR PARA ESTUDAR EM COLÉGIOS CONFESSIONAIS

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Don't Pray on Me


Musica para animar o fim de semana

Religião é besteira - George Carlin


Vídeo CLÁSSICO

Os 10 Maiores Mitos sobre o Ateísmo - Parte 2

Por Dave Silverman

Mito 2: Ateístas não tem moral, já que eles não acreditam em Deus

Que mundo triste é este em que pessoas afirmam que os humanos precisam temer a danação eterna para fazer o bem. Esta é uma afirmação que deixa a maioria dos ateus com raiva e pena; raiva pois isto é uma afirmação preconceituosa que só serve para promover a intolerância, e pena pois demonstra a ignorância de quem afirma isto , e a vontade de aceitar tamanha besteira.
Correndo o risco de validar tal questão, a resposta precisa ser dada de maneira a expor a idéia de que ele ouviu é errado de várias maneiras. Não tem que ser respondida com raiva, e sim com compaixão.
As noções do certo e errado vem seus próprios cérebros, assim como de sua criação e da sociedade. Ateístas fazem o bem, não por conta do medo ou da repressão, mas porque é o certo a ser feito.
Nós valorizamos a família, a sociedade, a cultura, e é claro, a liberdade. Muitos defendem esses valores com a própria vida. Exemplos:

1) Muitos católicos tomam decisões contra a igreja. Por exemplo, alguns usam métodos anticoncepcionais, ou realizam abortos, independente do que seus pastores pregam.Se essas pessoas podem tomar decisões independente do que a igreja prega, então os ateístas também pode tomar decisões sem igreja alguma.
2)A escravidão não só era aceita a 200 anos atrás, como também era considerada uma coisa boa, e a bíblia era utilizada para defender estas idéias. A bíblia também foi utilizada para justificar o holocausto, as cruzadas e a inquisição espanhola.

Por quê isto é relevante? Pois isto mostra que a bíblia pode ser utilizada para defender até as mais imorais e anti éticas idéias, e que ela não e uma fonte adequada para medir a moral e o comportamento ético.

3)Por fim, mencione pessoas más, e religiosas. Lembre que Hitler era católico, e Jeffrey Dahmer dava graças antes de comer suas vitimas. Mencione também que basta abrir o jornal para achar noticias de denuncias de escândalos sexuais de padres, geralmente, contra crianças. Não esqueça que nosso grande amigo Jim Baker (que fraudou milhos de seus seguidores) e Jimmy Swaggart (que pediu perdão apenas apos ser pego com prostitutas).

4)Sempre lembre também que apenas dos ateus somarem entre 8 e 10% da população, apenas 1% da população esta na prisão. Isto quer dizer, pense nisto, e se de 8 a 10% da população decidisse quer era correto, roubar, estuprar e assassinar? Nós teríamos o caos! Isto servirá para provar que religião e moral não são nem um pouco relacionadas.

Utilize essas afirmações para provocar os teístas, e ai é o ponto no qual você deve mencionar que tudo o que você disse pode ser verificado, e que a afirmação deles é preconceituosa com cerca de 25 milhões de pessoas. Esta é a oportunidade de abrir os olhos deles para o fato de que só porque pensamos diferente, isto não nos torna maus.

Os 10 Maiores Mitos sobre o Ateismo - Parte 1

PHNunzio: Começo agora a expor uma série de mitos sobre o ateismo, catálogados por Dave Silverman, membro da America Atheist. Para o texto original, na integra, visite: http://humanists.net/avijit/article/top_10_atheist_myths.htm

 

por Dave Silveran

Traduzioi por PHNunzio

 

Como eu disse muitas vezes, o propósito desta coluna não é promover uma rixa entre ateístas e teístas, e sim promover um entendimento e tolerância.

 

De qualquer maneira, como todos nós sabemos, muitos teístas tem tamanho preconceito conosco que nem se permitem trocar idéias e procurar nos entender. E isso geralmente não é culpa deles, já que sempre foram ditas coisas terríveis sobre o ateísmo pelas pessoas nas quais eles confiam, como os padres e pastores.

 

É este preconceito e intolerância, uns dos principais fatores que mantém muitos ateístas "no armário", e os teístas na ignorância. Com diálogo, e sem preconceito, ambos os lados se beneficiarão e o pais será um lugar mais livre. Neste artigo, mostrarei alguns dos mitos mais populares sobre o ateísmo, assim como suas respostas. Com alguma sorte, isto irá preparar os ateístas para futuros embates, e deixá-los mais confiantes em se expor como ateístas, assim como permitir para os teístas entenderem um pouco mais sobre a mentalidade ateísta.

 

Mito 1: Ateístas são todos iguais

 

            Você pode entender porque os teístas acreditam nisto, depois disto ser dito inúmeras vezes por seus pastores. Esta crença é reforçada pelo fato de que suas crenças dependem muito mais do que simplesmente acreditar em um Deus. Por exemplo, os católicos precisam também ter a mesma posição acerca do aborto, métodos contraceptivos e homossexualidade, para poderem ser chamados de católicos praticantes. Portanto na mente deles, no ateísmo isto deve ser similar.

            Contudo, ateísmo não é uma religião, e sim a ausência de religião*, Como resultado, nós só nos ligamos no fato de sermos ateus. Nós somos republicanos e democratas, homens e mulheres, hétero e homossexuais, brancos e negros. Aceitamos todas a pessoas como iguais, e apreciamos a diversidade (não são muitos os religiosos que podem dizer isto). Nós não discordamos em muitos assuntos, e as discussões são comuns e encorajadas. Acima de tudo, os ateístas querem o direito a discordar, mesmo que seja um do outro.

 

*nota do tradutor: Apenas para deixar claro, ateísmo não é apenas a ausência de religião e sim a ausência da crença em um deus, seja ele do tipo que for, pessoal ou não.

 

Intolerância religiosa

por Josué Maranhão

BOSTON – No Brasil, quando não se pretende resolver um problema, por mais sério que seja, recorre-se à solução máxima: criar uma lei nova.
A história mostra que há lei “que pega” e lei que “não pega”. Na maioria, as leis não pegam, não são respeitadas, não têm aplicação, simplesmente são ignoradas. Aliás, os primeiros a ignorar algumas leis são entidades governamentais, em todos os níveis.
Agora, o governo anunciou que vai enviar ao Congresso Nacional um projeto de lei estabelecendo punições rigorosas contra o que chamou de “intolerância religiosa”.
Será, fatalmente, mais uma lei fadada ao desrespeito, ao esquecimento, ao ridículo.
Ora, a intolerância religiosa no Brasil é um problema cultural, incentivado pelos governantes.
O Brasil não saiu, ainda, da Idade Média no que se refere ao assunto religioso. Para chegar mais próximo, vive-se, ainda, os tempos do regime imperial, às eras do “boa vida” Pedro I, ou do “sonso” Pedro II.
Confunde-se a Igreja com o Estado, apesar de, formalmente, haver disposição constitucional pregando que o Brasil é um Estado laico. Em linguagem mais simples: é um pais em que deveria haver total e absoluta separação entre o Estado e as Igrejas ou credos religiosos.
No entanto, ninguém manda mais no Brasil do que a Igreja Católica. Sequer as outras igrejas cristãs, como Evangélicas, Protestantes ou suas variações são consideradas.
O que justifica, por exemplo, que entre os muitos feriados, a maioria, ou grande parte deles, se refiram aos chamados ‘Dias Santos” instituídos pelos católicos? Pune-se quem não é católico, quem professa outra religião, mas fica impedido de exercer suas atividades, abrir sua loja ou manter funcionando sua indústria, sob pena de, se o fizer, ficar sujeito às multas e a pagar horas extras aos empregados.
Fala-se em acabar com o abuso, como bravateou o presidente Lula, recentemente, prometendo uma nova lei para punir com rigor o intolerantismo religioso.
Todavia, no mesmo dia, leu-se notícia informando que a Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei tornando obrigatória a existência de, pelo menos, um exemplar da Bíblia nas bibliotecas públicas.
Ora, por que somente o livro dito sagrado dos cristãos deve existir em todas as bibliotecas? Por que não se estabelecer uma equanimidade, tornando obrigatório que as bibliotecas tenham os ditos livros sagrados dos muçulmanos, dos judeus, dos hindus, dos umbandistas e de outras religiões, credos ou seitas?
Aliás, o melhor seria que não houvesse a compulsoriedade da presença de quaisquer livros ditos sagrados em bibliotecas.A intolerância religiosa, para ser exato, não ocorre somente quando são praticados atos hostis contra religiões ou seguidores de quaisquer religiões.
Há intolerância, inadmissível e inexplicável, quando o próprio Estado se encarrega de privilegiar determinada igreja ou seita, como ocorre no Brasil com as regalias e poderes conferidos à Igreja Católica.
Como justificar, por exemplo, que em recintos públicos, como ocorre em quase todos eles, inclusive em gabinetes de governantes, tribunais e casas do Congresso, existam crucifixos?
O crucifixo é um símbolo cristão. É uma alegoria daquilo que os cristãos pregam ter sido a forma como Jesus Cristo teria sido morto. Enfim, é uma insígnia do que teria sido a imolação daquele que, na visão cristã, seria o filho de Deus, ou o próprio Deus.
Há uma intolerância religiosa, no caso, considerando-se que outras religiões não aceitam o símbolo cristão, de igual forma como não admitem a divindade de Jesus Cristo, ou a sua condição de ser o próprio Deus. Mas, são obrigadas a conviver com o emblema cristão em recintos governamentais.
A se pretender acabar com a intolerância, obviamente, o símbolo cristão não deveria estar afixado em entidades públicas, em respeito à separação que constitucionalmente existe entre a Igreja Católica e o Estado brasileiro. No máximo, admitir-se-ia que também fossem expostos os emblemas significativos de outras religiões ou seitas, ou que evoquem divindades ou assemelhados.
Antes, portanto, de pretender acabar com a intolerância religiosa através da mágica de uma nova lei, que certamente vai repetir aquilo que a Constituição já diz, o mais correto seria que o exemplo partisse do Estado, evitando-se que fossem manifestadas preferências ou simpatias pelo cristianismo, ou pelo catolicismo. Ou, se for o desejo da maioria, que se mude a Constituição, acabe-se com o laicismo e se estabeleça um Estado Teocrático. Quem sabe se o Brasil tiver como autoridade suprema um Cardeal, ou mesmo o Papa, consiga as benções divinas que permitam melhorar a vida de todos?
Mas, enquanto não se faz a mudança, enquanto o Estado foi laico, deveria o governo impedir que os padres e outros sacerdotes católicos, ou as entidades que os representam, interfiram, palpitem ou pretendam impor regras a serem observadas pelo Estado e pela nação em geral, como se ainda estivéssemos nos tempos em que se confundia a figura do governante com a do dirigente religioso cristão.
É falacioso o argumento usado com freqüência, procurando justificar a preferência e os privilégios deferidos à Igreja Católica, dizendo que há uma tradição cristã, ou que a maioria da população é cristã ou católica.
A intolerância, a ser extinta, ou pelo menos mitigada, deveria evitar que algumas religiões ou seitas sejam privilegiadas, por representar a maioria do povo, em detrimento das minorias que merecem respeito.

Sexta-feira, 28 de novembro de 2008


PHNunzio: E ainda tem gente que insiste que vivemos em um estado laico. Vivemos no pior tipo de sociedade, a que finge que não tem preconceito, finge que não tem racismo, finge que não tem tratamento diferente quanto a sexo e finge que é um estado laico de fato. E o pior é que ninguem se mobiliza quanto a isto.

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Neurocientista sofre derrame e ajuda seu cérebro na recuperação

Americana Jill Bolte Taylor escreveu livro descrevendo experiência.
Ela é neuroanatomista, e ganhou nova perspectiva sobre o cérebro.


Em 9 de dezembro de 1996, a neuroanatomista norte-americana Jill Bolte Taylor tinha 37 anos e foi para a cama com uma preocupação: como abastecer o banco de cérebros da Universidade Harvard, onde trabalhava, com órgãos recém-retirados de vítimas de doenças mentais. Na manhã seguinte, seu mundo racional começou a se desintegrar.

Um coágulo no hemisfério esquerdo (ligado à razão) do seu cérebro provocou um derrame. Assim, ela teve de contar apenas com o hemisfério direito (associado ao pensamento simbólico e à criatividade) em um processo de recuperação que partiu da estaca zero. Quando a mãe da cientista — uma ex-professora de matemática — tentou ensinar o que era 1 + 1, ouviu como resposta: “O que é 1?”.

Visite o site da revista Galileu

Passados 12 anos, uma cirurgia arriscadíssima e muita terapia, Jill voltou a dar aulas — na Faculdade de Medicina da Universidade de Indiana — e diz que já recuperou todos os seus arquivos de memória. Essa experiência rendeu o recém-lançado livro “A Cientista que Curou Seu Próprio Cérebro” (Ediouro) e a escolha pela revista “Time” como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo em 2008. Leia a conversa da doutora com a revista Galileu.


Pergunta - Passados 12 anos desde o derrame, você acredita que já tenha reaberto todos os seus arquivos mentais? Ou, por exemplo, quando você encontra velhos amigos, eles sempre lembram de coisas que você, em tese, deveria ter na memória sem a ajuda deles?

Jill Taylor - Passei oito anos em recuperação. Sempre fui muito intuitiva e não me apegava a toneladas de detalhes. Assim, há muitas coisas que eu não codifiquei ou tentei me lembrar. Exemplo disso é o meu bolo de aniversário quando eu completei dez anos. Hoje eu sei como ele era — porque alguém me disse —, mas, antes do derrame, eu não seria capaz de descrevê-lo. Tenho a consciência de que sei coisas sobre o meu passado que ninguém me contou depois do derrame. Assim, acredito que eu tenho a maioria das minhas memórias de volta.

Pergunta - Mesmo sem experiência médica, sua mãe foi muito eficiente em te ajudar. Foi instinto? Experiência em ensinar?

Taylor - Acho que a experiência e os dons naturais dela, tanto como mãe como boa professora, a prepararam para enfrentar essa situação. Ela prestava muita atenção às minhas necessidades e me ajudava a encontrar minhas próprias soluções para os problemas. Nós falávamos muito sobre o cérebro, assim ela sabia de todos os meus temores. E nós duas concordávamos que nada nem ninguém sabia mais sobre o tratamento mais conveniente do que o meu próprio cérebro. Assim, se ficava cansado, deixávamos que ele dormisse.

Pergunta - A sua experiência pessoal mudou o modo como você vê e sente os papéis desempenhados pelos dois hemisférios do cérebro?

Taylor - Completamente. Antes do derrame, eu tinha uma visão geral do papel de cada hemisfério, mas eu não tinha a menor idéia de como dizer qual parte do meu cérebro estava contribuindo com qual informação para formar a minha percepção da realidade.

Pergunta - O que você mudaria na maneira como os derrames são tratados?

Taylor - Eu deixaria as pessoas dormirem quando se sentissem cansadas e iria tratá-las com compaixão quando estivessem acordadas. Assumiria que o cérebro é capaz de se recuperar e o trataria com respeito. Em vez de me referir aos pacientes como “vítimas”, passaria a chamá-los de “sobreviventes”! Falaria que as pessoas “tiveram” um derrame em vez de “sofreram”.

Pergunta - No livro, você escreveu que tem uma paixão por dissecar corpos. Quando essa paixão começou?

Taylor - Quando eu era uma garotinha de cerca de 8 anos, minha mãe me levou ao Museu de Ciência de Chicago. Havia uma exposição com pequenos fetos e embriões dentro de vidros. As idades variavam de poucas semanas até nove meses. Eu fiquei absolutamente fascinada pela exposição, e esse foi o real começo do meu interesse em dissecação.

Pergunta - Depois de reconstituir seu hemisfério esquerdo, em que você se assemelha e difere da Jill pré-derrame?

Taylor - Eu continuo tão esperta quanto antes, além de ter as mesmas capacidades cognitivas e intelectuais. Mas agora eu decidi gastar meu tempo fazendo coisas que vão ajudar outras pessoas, em vez de focar toda a minha energia na carreira. Estou mais interessada em ajudar a humanidade, e antes meu principal objetivo era escalar os degraus do mundo acadêmico.

Pergunta - O fato de ter utilizado com mais freqüência o seu hemisfério direito alterou o seu pensamento? Você se lembra de como ele era antes do derrame?

Taylor - Agora ele está excepcional porque eu dediquei um tempo trabalhando essa parte do meu cérebro. Imediatamente depois do derrame, a sensação de que eu estava criativa era ainda mais clara e excitante. E essa sensação acabou se traduzindo na minha arte com vitrais.

Pergunta - Por falar em arte, além de confeccionar vitrais, você toca violão. Foi especialmente complicado recuperar esses seus talentos?

Taylor - Foi bem mais fácil que os cálculos matemáticos, mesmo aqueles mais elementares. Isso porque os talentos artísticos estão associados ao hemisfério direito do cérebro. Com a ausência temporária do meu hemisfério esquerdo, esses talentos até melhoraram.

Pergunta - Se a Jill do passado escrevesse um livro sobre uma experiência pessoal, seria muito diferente desse?

Taylor - Acho que seria um livro sobre algo bem aventureiro, como saltar de um avião. Outra idéia seria uma obra didática sobre o cérebro.

Save the Planet ?

Mais um texto muito bom de George Carlin, um ponto de vista ácido e critico sobre a onda de salvar o planeta.
Não concordo com tudo o que ele diz, mas muita coisa faz sentido.

Temos que rezar para que pare de chover

Francisco de Assis
Direto de Navegantes

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobrevoou nesta tarde as regiões mais
afetadas de Santa Catarina. Ele disse que as obras no Estado serão iniciadas
assim que as chuvas pararem. "Os trabalhos vão começar quando o tempo
permitir. A primeira coisa que temos que a fazer é rezar para que pare de
chover. Vale lembrar que venho de um lugar onde sempre rezei para chover",
afirmou o presidente.

O plano de vôo estabelecia uma visita também a Blumenau, mas as questões
climáticas impossibilitaram uma aproximação. "Essa é uma das maiores
tragédias da história do Brasil. Nunca vi uma coisa como essa. O que mais me
impressionou foi ouvir do governador que o nível de água está bem abaixo do
que podia ser visto ontem. Dessa forma, dá para imaginar um pouco do que
aconteceu por aqui", disse Lula.

Em relação à medida provisória aprovada hoje, que libera R$ 1,6 bilhão para
as cidades atingidas pela chuva, o presidente informou que o dinheiro já
está disponível para os municípios.

"São R$ 280 milhões para estradas, R$ 350 milhões para os portos e R$ 150
milhões para a Defesa Civil e saúde. Ao todo, vamos disponibilizar R$ 1,6
bilhão", ressaltou Lula, afirmando que 90% dos recursos serão destinados a
Santa Catarina.

Com relação às vitimas da chuva, Lula lamentou a morte das mais de 80
pessoas: "só há uma coisa que não podemos reparar: a vida de quem morreu.
Isso me deixa triste. Estamos vivendo a pior tragédia da história de Santa
Catarina e as mudanças climáticas contribuem para que isso ocorra",
finalizou.

Redação Terra [i]

http://noticias.terra.com.br/brasil/interna/0,,OI3355331-EI8139,00-Lula+temos+que+rezar+para+que+pare+de+chover.html

PHNunzio: Preciso falar mais alguma coisa??????

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

FAMILIA TENTA IMPEDIR TRANSFUSÃO DE SANGUE

JORNAL HOJE, 26-11-2008

Liana Aguiar

O Ministério Público teve de intervir para que o metalúrgico Joaquim Raimundo de Lima Neto, 23, receba tratamento médico adequado. Ele tem o tipo mais grave de leucemia, a mileóide A, diagnosticada no dia 12 de novembro. O problema é que a mãe e três tios maternos tentam impedir que o rapaz receba transfusão de sangue porque pertencem à religião Testemunhas de Jeová, que não aceita esse tipo de tratamento. O promotor de justiça Isaac Benchimol sinalizou um prazo de cinco dias para que o médico responsável realize o procedimento. O quadro clínico do rapaz é gravíssimo e ele está internado em uma clínica particular.

Na sexta-feira, a denúncia foi encaminhada ao MP pelo médico Yuri Vasconcelos, pelos irmãos paternos do rapaz e pela tia dele, Shirley Adriana Alves, 50, psicóloga. Sem a transfusão de sangue, Joaquim não pode fazer quimioterapia. 

O irmão de Joaquim, Fernando Antônio Borges de Lima Filho, 36, pastor, foi na manhã de ontem ao hospital com o mandado de segurança do MP e com as bolsas de sangue para o procedimento. Mas, segundo ele, Joaquim já teria mudado de idéia e vai assinar um termo de responsabilidade de que não quer fazer a transfusão de sangue. “O que eu podia fazer, eu fiz. Sou evangélico, a gente não pode usar sangue de animais, não nada a ver com transfusão”, lamenta.

O promotor explica que em casos como este, a decisão do tratamento independe da vontade do paciente, mesmo sendo maior de idade, porque é caso de vida ou morte. Na segunda-feira, Joaquim teria admitido a familiares que deseja fazer a transfusão de sangue. “Ele olhou nos meus olhos e disse: ‘eu quero viver’”, relata a tia. Isaac Benchimol ressalta que a religião não se sobressai à vida humana. “Não quero correr o risco de o Joaquim morrer por falta de tratamento”, diz o promotor.

“A mãe dele diz que ele será curado por Jeová, não pelos recursos médicos. Ele não pode morrer por causa de um grupo de meia dúzia de fanáticos”, enfatiza Shirley. “Não tem argumento que os convença. Foi quando a mãe dele disse que a única opção é o óbito que decidimos denunciar. Eu disse a eles que estão fazendo papel de Deus, e não sou cúmplice desse assassinato.” 

Familiares contaram que ontem a mãe tentava impedir a transfusão no apartamento onde Joaquim está internado. Se ela transpuser as barreiras, o caso pode se tornar de polícia. 
As testemunhas de Jeová têm fortes restrições quanto ao uso de sangue na medicina e na alimentação, que é uma das mais controversas posições da religião. Os fiéis acreditam que a transfusão de sangue é proibida pela lei divina.[i]

http://www.hojenoticia.com.br/editoria_materia.php?id=21457

Comentário:
Acho que nesses casos, se o paciente não puder tomar decisão, tem que tratá-lo independente do que dos dogmas da família, e se for preciso, prender quem tentar atrapalhar, agora se for o paciente quem resolve recusar o tratamento, faça a vontade dele, e inscreva-o para o Darwin Awards

Petição contra a concordata entre Brasil e Vaticano

Abaixo assinado contra a concordata entre Brasil e o Vaticano.

Acompanhe mais sobre este assunto no blog
http://acordovaticano.blogspot.com/

http://www.petitiononline.com/BrasVat/petition.html

Vaticano defende a honra no julgamento de Galileo Galilei

CIDADE DO VATICANO (AFP) - O Vaticano quer reeditar as atas do julgamento de Galileu para "refrescar a memória" daqueles que acusam a Igreja Católica de ter condenado o célebre cientista (1564-1642) por suas teses sobre o universo, informou nesta terça-feira a agência Ansa.

"Galileo Galilei jamais foi condenado", declarou à agência Monsenhor Gianfranco Ravasi, presidente do conselho pontifical para a Cultura, à véspera da abertura de um congresso organizado pelo Vaticano sobre "a ciência 400 anos após Galileu".

A condenação de Galileu à prisão, pronunciada em 1633 pela Inquisição após um longo processo no qual se arriscava a uma condenação à fogueira, não foi, na realidade, jamais assinado pelo Papa Urbano VIII.

Mas o sábio, defensor da tese heliocêntrica do universo, segundo a qual a Terra gira em torno do Sol, foi obrigado a se retratar, concluindo sua preleção com a célebre frase "Eppur si muove".

O Vaticano, progressivamente, reconheceu seus erros no assunto Galileu, perseguido menos por suas teses propriamente ditas do que por suas implicações teológicas. João Paulo II o homenageou em 1992 e uma estátua do Grande Físico, Matemático e Astrônomo, deve ser instalada e inaugurada em 2009 nos jardins do Vaticano.

Um congresso sobre Galileu está sendo organizado em conjunto em Roma pelo conselho pontifício para a Cultura e o grupo industrial italiano Finmeccanica.

As Nações Unidas proclamaram 2009 ano internacional da astronomia para comemorar a primeira utilização de um telescópio por Galileu.

Durante a vida, o cientista elaborou a balança hidrostática que, posteriormente, deu origem ao relógio de pêndulo. A partir da informação da construção do primeiro telescópio, na Holanda, ele construiu a primeira luneta astronômica e, com ela, pôde observar a composição estelar da Via Látea, os satélites de Júpiter, as manchas do Sol e as fases de Vênus. Esses achados astronômicos foram relatados ao mundo através do livro Sidereus Nuntius (Mensageiro das Estrelas), em 1610. Foi através da observação das fases de Vênus, que Galileu passou a ver mais embasamento na visão de Copérnico (Sistema Heliocêntrico, o Sol como centro do Universo) em relação à de Aristóteles, onde a Terra era vista como o centro do Universo.

Por sua visão heliocêntrica, o astrônomo italiano foi a Roma em 1611, para tentar se defender da acusação de herege, terminando por assinar um decreto do Tribunal da Inquisição, onde declarava que o sistema heliocêntrico era apenas uma hipótese. No entanto em 1632, ele deu continuidade aos seus estudos.

Em 1642, morreu cego e condenado por suas convicções científicas. Contudo, uma de suas obras (sobre mecânica) foi publicada mesmo com a proibição da Igreja, pois seu local de publicação foi em zona protestante, onde a interferência católica não tinha influência significativa. A mesma instituição que o condenou o absolveu muito tempo após a sua morte, em 1983.

http://br.noticias.yahoo.com/s/afp/081125/mundo/religi__o_vaticano

Escola obrigada a retirar crucifixo da parede

A polémica sobre a exibição de simbolos religiosos nas escolas púbicas
chegou a Espanha.

Pela primeira vez um juiz ordenou a retirada de um crucifixo da sala
de aula de um establecimento público. O magistrado respondeu assim à
queixa de uma associação local de defesa da escola laica apoiando-se
sobre a Constituição espanhola.

A ministra da Educação exortada a pronunciar-se sobre a decisão do
tribunal administrativo de Valladolid disse que "a sentença reflecte o
que está escrito na Constituição espanhola e o carácter laico do
Estado".

Apesar da Constituição de 1978 garantir o carácter laico do Estado e
das suas instituições os simbolos católicos continuam muito presentes
em Espanha 30 nos depois do fim da ditadura que elevou o catolicismo à
religão do Estado.

Em defesa da posição da Igreja neste caso o Arcebispo de Sevilha
comenta que"não se deve tentar apagar os simbolos mas ajudar as
pessoas a respeitá-los seja a religião que for".

Em 2006 um caso semelhante fez polémica em Jean no sul do país mas os
responsáveis regionais anteciparam à justiça e ordenaram a retirada do
crucifixo da parede.

http://www.euronews.net/pt/article/25/11/2008/spain-makes-history-with-crucifix-ruling/

[Matéria em vídeo no link]

terça-feira, 25 de novembro de 2008

O Incrível Jesus - Rowan Atkinson

Porque as pessoas acreditam em deus

J. Anderson Thomson dando uma palestra na Washington & Lee Law School, em 15/10/2008.

MENINA ALBINA DE 6 ANOS É MORTA PARA FEITIÇARIA

Uma menina de 6 anos que sofria de albinismo foi encontrada morta e com seus
membros cortados no Burundi, em mais um caso de assassinato, aparentemente
motivado por rituais de feitiçaria, de pessoas com essa desordem genética.

A menina, que foi atacada no domingo, foi a terceira pessoa com albinismo a
ser morta no país africano desde setembro.

Outros ataques contra albinos ocorreram também na Tanzânia, país vizinho ao
Burundi.

Os albinos da região se transformaram em alvos devido à crença divulgada por
feiticeiros de que as partes dos corpos destas pessoas podem ser usadas em
poções mágicas para garantir às pessoas juventude, riqueza e poder.

De volta para casa
O último ataque ocorreu na província de Ruyigi, leste do Burundi. Segundo o
correspondente da BBC no país Prime Ndikumagenge, pessoas armadas atacaram a
casa da família e amarraram os pais da menina.*
*
Segundo as autoridades locais, o grupo então deu um tiro na cabeça da
criança.

O governador da província, Moise Bucumi, disse à BBC que acredita que os
responsáveis pelo ataque podem ser da Tanzânia e que iria falar com as
autoridades daquele país para coordenar uma ação contra estes ataques.

O diretor da Associação de Albinos do Burundi, Kasim Kazungu, afirmou que as
pessoas com o problema não sofriam nenhuma discriminação até que outras
pessoas no país ficaram sabendo do lucrativo comércio de partes dos corpos
de albinos na Tanzânia.

Na semana passada, a polícia no sudoeste da Tanzânia prendeu um homem que
estava tentando vender sua mulher, albina, para comerciantes congoleses.

Duas mães no oeste da Tanzânia também foram atacadas com facões depois que
gangues não conseguiram encontrar seus filhos albinos.*
*

*FO**NTE:
http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI3334596-EI294,00-Menina+albina+de+anos+e+morta+para+feiticaria.html

MAIS DE MIL ATEUS PEDEM ANULAÇÃO DE BATISMO NA ITÁLIA

ESTADÃO, 27-11-2008



Mais de mil pessoas pediram na Itália que sejam apagados seus nomes 
dos registros batismais de suas paróquias, informou nesta segunda-
feira, 27, em comunicado a União de Ateus e Agnósticos italianos 
(Uaar).

Em um dia de manifestação convocado no sábado passado pela Uaar em 
toda a Itália, 1.032 apóstatas "reafirmaram seu direito de não serem 
considerados pelo Estado como súditos da Igreja Católica", de acordo 
com a agência de proteção de dados.

O secretário da Uaar, Raffaele Carcano, explicou que as adesões 
chegaram de toda a Itália e que em Bolonha e Milão superaram 100 
pedidos de apostasia.

Ressaltou também que aderiram à iniciativa cidadãos de Cagliari, na 
Sardenha, cidade que teve a visita do papa há alguns meses.

O dia 25 de outubro marcou o 50º aniversário da polêmica sentença que 
absolveu o bispo de Prato de denegrir publicamente dois cidadãos pelo 
simples fato de eles terem se casado no civil.

A decisão do tribunal determinou que o casal era batizado e, portanto, 
súdito do bispo. [i]

http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid267618,0.htm

...E então o Homem, sentindo-se só disse. Faça-se deus

Olá a todos,
A minha intenção com este blog é centralizar o máximo de notícias e artigos sobre religião, laicidade, ceticismo e secularismo. E também criar um ambiente no qual possamos discutir o motivo de se acreditar ou não em um, ou varios, seres supernaturais.

Em princípio é isso. 
E que se crie o blog